A Microsoft encerra, nesta terça-feira (14), o suporte ao Windows 10 Mobile, versão para celulares do popular sistema operacional. A partir desta data, smartphones que rodam o software deixam de receber atualizações de segurança e entram na mesma situação de outros produtos da marca, como Windows XP e Vista.
Também nesta terça, a Microsoft deixa de oferecer suporte ao Windows 7, sistema para PC lançado em 2009 e ainda utilizado em mais de 20% dos computadores no mundo. O Windows 10 Mobile, no entanto, não teve o mesmo sucesso em um mundo dominado por Android e iPhone (iOS). O TechTudo reuniu, na lista a seguir, cinco erros do sistema do Windows Phone que levaram ao fim do software.
[external_link_head]Windows 10 Mobile chega ao fim: veja cinco erros do sistema da Microsoft — Foto: Luciana Maline/TechTudo
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Mục Lục
1. Interface muito diferente
Revolucionária para alguns, difícil de entender para outros: a interface do Windows para celulares — Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo
A interface gráfica do Windows Phone buscava se diferenciar do estilo mais tradicional utilizado por celulares Android e iPhone (iOS). Embora considerada inovadora por alguns, a navegação por grupos de grandes blocos coloridos era considerada confusa por uma parcela significativa dos usuários.
[external_link offset=1]Os blocos do menu inicial exibiam informações em tempo real sobre os respectivos conteúdos e acabaram associados ao Windows 8, sistema operacional para PC que apostava na mesma linguagem gráfica e foi considerado um fracasso por alguns usuários.
2. Problemas com apps do Google
Ausência do YouTube no Windows Mobile reforçou o problema da falta de apps populares — Foto: Paulo Alves/TechTudo
No mundo em que serviços como Gmail e YouTube são extremamente populares, a ausência de apps para acessar estas ferramentas se mostrou fatal para o Windows Phone. Em 2013, o YouTube deixou de ser oferecido na Windows Store, tornando o uso da plataforma de vídeos algo nada intuitivo para usuários do Windows Phone. Quem desejasse usar o YouTube precisava abrir o site em um navegador, ou encontrar um aplicativo genérico que atendesse à necessidade.
3. Lançamento tardio no mercado
Windows Phone estreou em 2010, em um mundo já dominado por Android e iPhone (iOS) — Foto: Luciana Maline/TechTudo
A Microsoft já possuía um sistema operacional de celulares desde os anos 1990. O Windows CE, embora não fosse dominante no mercado dos smartphones, tinha boa presença e era uma alternativa conhecida. Entretanto, sem suporte à interação por toques e com uma interface extremamente limitada, a plataforma acabou se mostrando inviável com a chegada de celulares Android e iPhone (iOS).
A reação da Microsoft, na forma do Windows Phone de 2010, chegou tarde: as alternativas de Apple e Google já dominavam o mercado àquela altura, e a tarefa de convencer usuários a trocar de sistema se mostrou inviável.
4. Falta de apps populares
Baixa adesão de desenvolvedores e novos serviços comprometeu o Windows Phone — Foto: Divulgação/Nokia
A baixa participação no mercado alimentou um problema que foi crescendo com o tempo: a falta de aplicativos populares. Além das questões com serviços do Google, o Windows para celulares também esbarrava na dificuldade de atrair desenvolvedores de novas redes e serviços famosos, como o Instagram, que encerrou o suporte ao sistema em 2018, ou o Snapchat.
[external_link offset=2]Apesar de vantagens como interface gráfica diferente, modelos Lumia com aposta em fotografia e promessa de bom desempenho, a baixa oferta de aplicativos conhecidos se mostrou um ponto-chave para a reprovação por usuários do Windows Phone.
5. O problema dos smartphones
Windows Phone não conseguiu atrair muitos usuários de Android e iPhone (iOS) — Foto: Murilo Molina/TechTudo
A experiência da Microsoft com seu sistema operacional de celulares passou por dois momentos em termos de hardware. No começo, uma política de especificações mínimas garantia que o Windows Phone tivesse um perfil de hardware superior aos rivais com Android. Depois, veio a aposta em celulares mais baratos da linha Lumia.
Nenhum dos dois caminhos rendeu frutos e, ao menos de acordo com um engenheiro da Nokia, não seria suficiente apenas contornar as limitações em termos de apps, recursos e interface. No fim das contas, a falta de smartphones realmente atraentes ao consumidor já faria com que usuários de sistemas rivais simplesmente continuassem nessas plataformas.
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